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Equipes da Sesa e 14ª RS conhecem projetos de prevenção e combate à dengue de Umuarama

Uma equipe de técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e da 14ª Regional de Saúde, com sede em Paranavaí, esteve em Umuarama nesta sexta-feira, 28, para conhecer os projetos e práticas de combate ao mosquito transmissor da dengue (o Aedes aegypti) realizadas pelo Serviço de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde.

As ‘ovitrampas’ – um dispositivo de levantamento e monitoramento dos ovos do mosquito, que permite um diagnóstico preciso em casos de infestação – chamou a atenção da Divisão de Vigilância de Doenças Transmitidas por Vetores (DVDTV) da Sesa. O coordenador do setor, Raul Júnior Bely, e o responsável pelo Sistema de Informações da Dengue da 14ª RS, José Carlos Martins, lideravam o grupo, composto por vários técnicos.

Eles foram recebidos pelo diretor da Secretaria de Saúde, Franzimar de Moraes, pela coordenadora da Vigilância Ambiental, Taila Biaca Crivelaro, e pelos agentes de combate a endemias envolvidos nos projetos.

A DVDTV reúne um corpo técnico com expertise na área de doenças que envolvem vetores, com a atribuição de conhecer o perfil epidemiológico e ambiental das doenças e agravos de transmissão. A equipe estuda e analisa fatores como incidência, autoctonia, distribuição dos casos, lugar e tempo, detecção precoce de surtos e epidemias, situação e áreas de risco, identificação de populações vulneráveis, distribuição de vetores e reservatórios.

“A Vigilância Ambiental de Umuarama realiza um trabalho exemplar, com resultados muito efetivos. Vamos levar essa experiência para Paranavaí e replicá-la em outras regiões do Estado. Contamos com o apoio dos agentes para disseminar esse trabalho”, disse José Carlos. Raul Bely explicou que o controle de vetores compreende um conjunto de atividades de intervenção ambiental por parte do poder público e principalmente da população.

“É importante desenvolver esse trabalho para reduzir ou mesmo eliminar as condições favoráveis ao desenvolvimento de vetores de doenças, que são insetos, aracnídeos, moluscos, etc, tais como o Aedes aegypti, carrapatos e outros. Essa experiência de Umuarama é muito válida”, comentou.

A coordenadora Taila Crivelaro explicou que além do trabalho de campo dos agentes de endemias, a Vigilância Ambiental realiza projetos como a ‘ovitrampa’, o plantio de orquídeas em ocos e frestas de árvores, eliminando acúmulos de água que favorecem a reprodução do mosquito; e a distribuição de sementes de crotalárias (que atraem insetos cujas larvas devoram o mosquito da dengue na fase larval).

Outro projeto envolve a produção de ninfas de libélulas que se alimentam das larvas do mosquito, para controle em bebedouros fixos. Além disso a equipe trabalha em artigos científicos com estudos para melhorar as ações de enfrentamento da dengue.

A Vigilância Ambiental conta hoje com 147 ‘ovitrampas’ distribuídas por vários bairros da cidade. “São armadilhas monitoradas”, explica Taila. Semanalmente os agentes checam os dispositivos e recolhem as placas com ovos do Aedes ou outros mosquitos com os mesmos hábitos reprodutivos. Depois os ovos são classificados e contados, para o controle do nível de infestação.

Essas informações ajudam a definir estratégias e prioridades de ação. Até o final do ano serão 200 armadilhas. “De janeiro a junho deste ano já retiramos 96 mil ovos das armadilhas, o que nos dá um panorama confiável da situação do mosquito nos bairros”, informou o agente de endemias Wesley Henrique Secundini. “Esses trabalhos são exemplos da prevenção, uma atuação que evita a proliferação do mosquito e, mais adiante, a disseminação de casos”, completou Taila Crivelaro.

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